Em grande jogo, Flamengo bate Palmeiras nos pênaltis e é bicampeão da Supercopa

O duelo teve belos gols, erros defensivos, alternância de placar e drama até o fim
créditos: Estadão Conteúdo

 

Em um jogo equilibrado, de ótimo nível técnico, nervoso, cheio de alternativas e decidido nos detalhes, o Flamengo derrotou o Palmeiras nos pênaltis após empate por 2 a 2 no tempo normal e sagrou-se bicampeão da Supercopa do Brasil neste domingo, no Mané Garrincha, em Brasília. O duelo teve belos gols, erros defensivos, alternância de placar e drama até o fim

No confronto entre o vencedor do Campeonato Brasileiro e o ganhador da Copa do Brasil, o equilíbrio prevaleceu em campo, mas na dramática disputa de pênaltis, o time rubro-negro levou a melhor depois de 18 cobranças, vencendo por 6 a 5, com o brilho do goleiro Diego Alves, que defendeu as batidas de Luan, Danilo, Gabriel Menino e Mayke.

O Palmeiras chegou a abrir dois gols de vantagem na disputa, mas não aproveitou e viu o goleiro adversário ser decisivo.

O jogo foi à altura do que esperava dos dois times que mais têm levantado taças nos últimos anos e que têm jogadores com poder de decisão. O Palmeiras começou sufocando e contou com erro defensivo do rival e com o talento de Raphael Veiga para balançar as redes logo no primeiro minuto.

Diego Alves deu um chutão após um recuo de bola, Felipe Melo resvalou de cabeça na intermediária e encontrou Raphael Veiga, que, de costas, deu um lindo drible com o calcanhar em Willian Arão, e bateu com a parte externa do pé para marcar um golaço em Brasília.

Melhor no início, a equipe alviverde ainda chegou duas vezes com Rony e uma com Wesley, mas nas três ocasiões os atacantes pararam em Diego Alves.

Aos poucos, o Flamengo se encaixou na partida e passou a levar perigo. Arrascaeta chegou de marcar, mas foi Gabriel quem balançou as redes aos 22 minutos. Após falha na marcação do Palmeiras, o meio-campista uruguaio tocou de primeira para Filipe Luís na área.

O lateral-esquerdo deu um drible seco em Gómez e finalizou na trave. No rebote, Gabriel, livre, tocou de primeira para as redes.

Após ver o rival empatar, o Palmeiras, mesmo um pouco nervoso em campo e abusando das faltas, cresceu e passou a dominar o jogo. Foram três oportunidades desperdiçadas que poderiam ter recolocada a equipe paulista em vantagem. A melhor delas foi com Breno Lopes.

No lance, Wesley arrancou em contra-ataque, passou pela marcação e deu belo passe entre os zagueiros para Breno Lopes. O atacante driblou Diego Alves e tocou para o gol, mas Diego Ribas apareceu para tirar quase em cima da linha e evitar o segundo gol palmeirense.

Na sequência, Raphael Veiga arriscou de fora da área e Diego Alves espalmou para escanteio.

Aos 40 minutos, Wesley foi derrubado por Isla na entrada da área Vuaden marcou pênalti, mas mudou de ideia após revisão do VAR e deu falta. Na cobrança, Raphael Veiga soltou a bomba e exigiu boa defesa de Diego Alves.

O Flamengo respondeu na sequência com Bruno Henrique, que recebeu de Gabriel na área e parou na providencial intervenção de Weverton com a mão esquerda.

O time carioca chegou à virada na base do talento de Arrascaeta. O uruguaio recebeu de Bruno Henrique, aproveitou que a marcação deu espaço pela esquerda, limpou para o meio e arrematou no canto direito rasteiro de Weverton para colocar a equipe rubro-negra em vantagem aos 48 minutos.

Expulso no primeiro tempo por reclamação, Abel Ferreira não ficou satisfeito com a atuação de seus meio-campistas e colocou Danilo e Gabriel Menino no intervalo.

Os jovens deram mais mobilidade ao setor e foram responsáveis pela melhora do time paulista, que pressionou o rival, encontrou soluções e criou três chances para empatar.

Danilo chutou em cima de Diego Alves, Gómez teve cabeceio defendido pelo goleiro flamenguista e Gabriel Veron, outro que entrou no segundo tempo, mandou de cabeça por cima, muito perto do travessão.

O gol de empate do Palmeiras foi originado mais uma vez por um erro defensivo do Flamengo. Lançado na área, Rony foi puxado por Rodrigo Caio e Vuaden assinalou o pênalti. Na cobrança, Raphael Veiga bateu forte, no canto esquerdo, e deixou o jogo empatado no Mané Garrincha.

Um dos melhores em campo, Veiga quase fez seu terceiro gol na sequência, em cabeceio que assustou Diego Alves. Depois isso, com as equipes nervosas, o duelo teve mais faltas do que lances de perigo.

Nos acréscimos, em um lance dramático, Gabriel bateu cruzado, quase sem ângulo, e Weverton fez a defesa em dois tempos.

A bola pingou na linha, mas não entrou. Nas penalidades, o experiente Diego Alves foi o protagonista, defendeu quatro cobranças e deu o bicampeonato ao Flamengo.

 

 


COLUNISTA
Eudes Martins
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