Prefeitura regulamenta lockdown em BH a partir de segunda-feira

Assinado pelo prefeito, o Decreto nº 17.523 também estabelece os horários de funcionamento dos estabelecimentos autorizados.
créditos: Folhapress

 

A Prefeitura de Belo Horizonte (MG), sob gestão Alexandre Kalil (PSD), publicou, nesta sexta-feira (8), no Diário Oficial do município, um decreto desautorizando o funcionamento, por tempo indeterminado, de atividades consideradas não-essenciais, como lojas de roupas, salões de beleza, centros automotivos, entre outras.

Assinado pelo prefeito, o Decreto nº 17.523 também estabelece os horários de funcionamento dos estabelecimentos autorizados. Entre as atividades liberadas estão padarias, supermercados, farmácias, postos de gasolina, entre outros. As informações são da Agência Brasil.

As novas medidas entram em vigor na próxima segunda (11). No decreto, a prefeitura afirma que as restrições foram decididas após a análise dos indicadores epidemiológicos que apontam para o recrudescimento do número de casos na cidade, levando em conta a capacidade da rede de assistência local.

Kalil já tinha antecipado a decretação de um novo lockdown (bloqueio) para tentar conter a disseminação do novo coronavírus e o aumento do número de casos da Covid-19 na última quarta (6).
Na ocasião, o prefeito informou, pelas redes sociais, que a capital mineira chegou "ao limite da Covid-19" e que, após uma reunião de governo, foi orientado a tomar a decisão de editar um decreto fechando todos os serviços não essenciais da cidade.

"Chegamos no vermelho. O comerciante tem que se preparar, porque sexta-feira soltaremos um decreto voltando a cidade à estaca zero. São números impressionantes, houve uma importação de doença surpreendente. Temos casos de famílias inteiras, que passaram o Natal juntos, infectados e internados", acrescentou.

De acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, até esta quinta (7), Belo Horizonte contabilizava 66.916 casos confirmados da doença -dos quais 3.890 permaneciam em acompanhamento- e 1.923 mortes.

A ocupação de leitos em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) destinados a pacientes com a doença chegou a 85%, enquanto a ocupação de leitos de enfermaria estava na casa dos 62%.

 

 


COLUNISTA
Eudes Martins
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