Barrar o coronavírus depende das atitudes da população, defende Wellington Dias

O uso de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos e superfícies são fundamentais para barrar a Covid-19 entre a população.
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Passados mais de cem dias após a chegada do novo coronavírus ao Piauí, o Governo do Estado do Piauí voltou a enfatizar que a interrupção da propagação do vírus SARS-CoV-2 depende da atitude da população piauiense. O uso de máscaras, o distanciamento social e a higienização das mãos e superfícies são fundamentais para barrar a Covid-19 entre a população.

No último sábado (4), por exemplo, o Piauí alcançou a melhor posição de isolamento social entre os estados do Brasil, com 49,63%, segundo dados da empresa Inloco. O número é resultado das medidas restritivas mais rígidas determinadas pelo Governo do Estado por meio de decretos, mas o governador Wellington Dias lembrou que a decisão da população de evitar sair de casa é ainda mais importante.

“Isso nos ajuda a cortar a transmissibilidade do coronavírus. Quero agradecer ao povo do Piauí pela colaboração neste período, pois sei que está sendo muito difícil”, afirmou o governador. Ele pediu que as pessoas só saiam de casa se for realmente necessário e, caso realmente precisem deixar a residência, faça sempre o uso de máscara e álcool em gel.

Para a própria segurança da população, o governador baixou um decreto no dia 25 de junho obrigando a todo cidadão o uso de máscara ao sair de casa, inclusive com penalização de multa para o descumprimento. “Esse equipamento de proteção individual protege tanto quem usa quanto as outras pessoas”, explicou.

Além de campanha na mídia sobre a importância do uso de máscara, o Governo do Estado também tem se esforçado para garantir a segurança dos profissionais de saúde, que já receberam mais de 3,3 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs) desde o início da pandemia.

O superintendente de Atenção Primária à Saúde da Secretaria de Saúde do Piauí, Herlon Guimarães, lembra que vários países do mundo conseguiram reduzir o contágio adotando essas medidas, como China, Japão e Alemanha. “Inclusive o hábito dos japoneses de sempre usar máscara quando estão infectados ajudou muito a controlar a disseminação do vírus”, explicou. Ele acrescenta que, sem proteção, o simples espirro de uma pessoa pode alcançar até oito metros de distância, a uma velocidade de 140 km por hora, o que mostra o seu alto poder de contaminação. Mesmo numa conversa normal, as partículas de nossa fala podem atingir alguém, daí a importância da máscara.

Outra ação importante do Governo foi organização das filas em frente às principais agências da Caixa Econômica Federal em Teresina, para manter a distância de dois metros entre eles.

A Secretaria de Saúde tem realizado campanhas de comunicação reforçando a importância de ações individuais que ajudam a frear a transmissão do vírus, como a higienização frequente do ambiente, a preferência por ventilação natural, seguir todas as normas de higienização, lavar as mãos com água e sabão ou álcool em gel 70%.

Redução da transmissão
Todas essas ações têm surtido efeito. Na semana passada, a taxa de transmissibilidade do coronavírus cai de 1,8 para 0,87 no Piauí. “Comemoro muito a redução da transmissibilidade, que é um ponto primordial para que a retomada seja possível. Destaco que as medidas mais restritivas do último fim de semana e dos quatro dias desta semana visam justamente essa diminuição”, afirmou o governador.

Herlon Guimarães afirma que a ciência ainda não criou uma vacina para a Covid-10, então, o que a sociedade pode fazer é adotar as medidas de prevenção. “Ao lavar as mãos, eliminamos vírus e bactérias e, portanto, evitamos que, ao leva-las ao rosto, contaminemos nossas mucosas”, explica. Ele orienta ainda que precisamos ter o cuidado para não levar as mãos ao rosto.

Embora os três hábitos (uso de máscara, lavagem das mãos e distanciamento) ajudem bastante na proteção contra o coronavírus, ficar em casa é ainda mais eficiente. “Na rua mesmo com toda essa proteção, a roupa e outas parte do corpo poderão ficar contaminadas e, num descuido o cidadão pode se infectar. Em casa, esse risco não existe”, diz o superintendente.

Ele conclui acrescentando que, quando mais pessoas ficarem em casa, menos o vírus vai circular e, com o passar do tempo, contamina menos pacientes até que isso vai diminuindo cada vez mais até, por fim, o vírus pare de infectar.

 

 


COLUNISTA
Eudes Martins
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