Deputados do PI pedem CPI das manchas de óleo

Governador chama atitude da União sobre o caso de "insensata".
créditos: O Dia

Um requerimento solicitando a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as manchas de óleo nas praias do Nordeste foi protocolado na Câmara Federal, no entanto, somente cinco dos dez integrantes da bancada piauiense na Casa assinaram o documento.
Na lista de conferência protocolada junto à Secretaria Geral da Mesa Diretora constam os nomes dos deputados Assis Carvalho (PT), Iracema Portella (PP), Margarete Coelho (PP), Marina Santos (Solidariedade) e Flávio Nogueira (PDT), porém, a assessoria deste último não confirmou a assinatura do parlamentar ao documento.

Para a CPI ser instaurada, o requerimento precisa superar o apoio de um terço dos deputados, ou seja, 171 assinaturas, mas já conta 334 nomes apurados pela Mesa Diretora. O próximo passo deverá ser dado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM).
Marco Aurélio (MDB), Rejane Dias (PT) e Júlio César (PSD) não assinaram o requerimento, porém já sinalizaram à imprensa que irão apoiar a iniciativa, encabeçada pelo deputado pernambucano João H. Campos (PSB). O nome do deputado Átila Lira (Progressistas), coordenador da bancada federal piauiense, também não consta na lista.

No Piauí há pelo menos seis praias, localizadas nos municípios de Parnaíba, Luís Correia e Cajueiro da Praia, afetadas pelas manchas de óleo. O aparecimento e avanço do material vem sendo monitorado pelo Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA).

Wellington Dias critica demora nas ações

O governador Wellington Dias (PT) criticou a demora do governo federal em dar uma resposta satisfatória a respeito das manchas de óleo no litoral nordestino. O gestor classificou a atuação da União quanto ao assunto como “insensata” e disse que é preciso discutir a questão para evitar que o problema se torne maior e cause mais danos não só ao ecossistema, como também à economia brasileira.

“Acho que não razoável você imaginar que todo dia toneladas e toneladas de petróleo cheguem ao litoral e não ter ninguém olhando para isso. É uma coisa insensata. Ainda hoje não se sabe de onde isso vem. Foi algum navio? É alguma das plataformas que está tendo vazamento? É preciso ir na raiz, porque é uma situação muito grave”, disparou o governador.
Para Wellington, se não for dada a devida atenção ao problema, a situação tende a se tornar ainda mais séria, podendo comprometer, inclusive, o restante do litoral brasileiro. O governador lembra que já há resquícios de óleo se aproximando do Sul da Bahia, podendo ser uma questão de tempo e para que a economia do país como um todo comece a sentir os impactos em setores estratégicos como o turismo.

“Há risco de tudo. Risco de incêndio, risco de ter um efeito no ecossistema, já tem um efeito na economia. Quando a gente fala em turismo brasileiro, a gente pensa principalmente no litoral, então você tem um prejuízo grande e isso tem que ser pensado”, conclui o chefe do Executivo piauiense.

 

 


 


COLUNISTA
Eudes Martins
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