Enfermeiro se diz indignado com intimidação em posto de vacinação

Somos totalmente hostilizados, desrespeitados diariamente, as pessoas não compreendem
créditos: cidadeverde.com

 

O enfermeiro Kleiton Richard da Silva, 29 anos, que registrou boletim de ocorrência contra uma empresária de Teresina, afirmou ao portal Cidadverde.com que que se sentiu desrespeitado e hostilizado com a situação. Kleiton Richard, que que trabalha na vacinação contra a Covid-19, denunciou que foi intimidado pela empresária Roberta Marcela Oliveira Porto, que alegava comorbidade, mas não possuía a documentação que comprovava a condição.

“A gente entende que todo mundo precisa ser vacinado, mas ainda não temos vacina para todos. Então a gente precisa direcionar para aqueles grupos que estão sendo assistidos, mas as pessoas não entendem e acabam ferindo a gente com palavras, muitas vezes até a agressão como foi a situação. Somos totalmente hostilizados, desrespeitados diariamente, as pessoas não compreendem”, explica o enfermeiro.

O fato aconteceu na última sexta-feira (13), no posto de vacinação da Associação do Pessoal da Caixa Econômica FederaL (Apcef), localizado na zona Leste da capital. Kleiton Richard ainda relatou que tentou orientar a mulher, mas em seguida ela teria levado uma pessoa que se apresentou como policial para dizer que ele não estava seguindo os critérios da vacinação.

“Quando a gente foi tentar orientar, ela não aguardou a orientação, trouxe uma pessoa que se dizia ser da Polícia para dizer que eu não estava seguindo os critérios, porém a gente tem um documento, uma nota técnica que nos orienta com relação a isso”, conta Kleiton Richard.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que registrou um Boletim de Ocorrência no 12º Distrito Policial contra a empresária que teria intimidado a equipe que atuava na vacinação no local. A mulher também foi denunciada por desacato.

Também nesta sexta-feira (13), um enfermeiro foi vítima de racismo em outro ponto de vacinação da capital, na Universidade Federal do Piauí (UFPI). A FMS enviou uma notícia-crime à Delegacia de Direitos Humanos e repudiou a situação.

“Agora infelizmente a gente está tendo que vir ao ponto de registrar uma queixa contra essas pessoas para ver se esses casos diminuem nos pontos de vacinação”, destaca a coordenadora da vacinação de Teresina, Emanuelle Dias.


 


COLUNISTA
Eudes Martins
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