Flamengo vence Olimpia fora de casa e se aproxima da semi da Libertadores

No duelo mais movimentado das quartas de final da Libertadores, o Flamengo goleou o Olimpia no Paraguai e encaminhou a classificação às semifinais da competição continental.
créditos: Estadão Conteúdo

 

No duelo mais movimentado das quartas de final da Libertadores, o Flamengo goleou o Olimpia no Paraguai e encaminhou a classificação às semifinais da competição continental.

Cerca de 2 mil torcedores paraguaios assistiram de perto no estádio Manuel Ferreira cinco gols, atuação determinante do árbitro de vídeo, expulsão revertida, ambulância em campo, denúncia de racismo, brilho de Gabriel, e a vitória fácil do time rubro-negro, que contou com o talento de seu trio ofensivo para vencer por 4 a 1 e poder decidir com larga vantagem na quarta-feira que vem, em Brasília, a vaga à próxima fase.

Gabriel foi o protagonista do duelo em Assunção. O camisa 9, oportunista como sempre, participou de todos os gols.

Começou a jogada do primeiro, anotado por Arrascaeta, marcou o segundo e terceiro e deu a assistência para Vitinho selar o triunfo no fim.

Ele fez o segundo gol nos acréscimos da primeira etapa em cobrança de pênalti, uma de suas especialidades, e marcou o terceiro após um chute errado de Bruno Henrique que virou assistência para o agora artilheiro isolado da Libertadores, com oito gols.

Torres marcou o único gol da equipe do Paraguai, quando o placar estava 2 a 0 para o time de Renato Gaúcho.

Arrascaeta também foi figura central da partida. O meia uruguaio abriu o placar completando contra-ataque rápido após assistência de Bruno Henrique no início da primeira etapa, poucos minutos depois se chocou com Salazar e no fim do primeiro tempo sofreu um pênalti.

Ele acertou a mão no rosto do lateral, que, após dez minutos de atendimento, saiu de ambulância do gramado e foi encaminhado ao hospital.

O semblante dos atletas e a tensão que se formou denunciaram a gravidade da lesão, possivelmente uma fratura. Ainda assim, o árbitro nada marcou e também não foi ver o lance no monitor do VAR.

O jogo teve a presença de público graças à autorização do Ministério da Saúde do Paraguai. Na volta, no Mané Garrincha, em Brasília, na próxima quarta-feira, às 19h15, o Flamengo também será apoiado por sua torcida em busca da vaga à semifinal. O clube iniciou a venda de ingressos e já esgotou três setores.

Em campo, o Olimpia, que eliminou o Inter nas oitavas, decidiu fazer um jogo franco. Preferiu não se limitar à defesa, mesmo tendo problemas na retaguarda e enfrentando um rival muito superior tecnicamente.

Os paraguaios foram agressivos e levaram perigo no ataque, mas deram muitos espaços. Melhor para o Flamengo, que precisou de poucas chances para aproveitar.

À vontade, o time carioca abriu o placar com Arrascaeta. Gabriel lançou Bruno Henrique, que disparou, invadiu a área e rolou para o uruguaio dominar e, com calma, mandar para as redes aos 15 minutos.

O jogo teria outro rumo a partir dos acréscimos do primeiro tempo. Aos 52, Filipe Luís recebeu o segundo amarelo depois de falta em Sosa e seria expulso.

Mas, com auxíli do VAR, o árbitro argentino Fernando Rapallini entendeu que houve pênalti em cima de Arrascaeta no lance anterior e anulou o cartão do lateral flamenguista.

Na cobrança, Gabigol deslocou Aguilar e ampliou o marcador aos 56. Dois minutos depois, porém, o Isla não conseguiu o corte em disputa com Sosa, a zaga cochilou e Torres apareceu na área para cabecear para as redes, reduzindo a desvantagem e dando mais emoção à animada partida.

O Flamengo sepultou qualquer possibilidade de reação dos paraguaios com um gol cedo no segundo tempo. E ele saiu de novo dos pés de Gabigol, agora artilheiro isolado da Libertadores, com oito gols.

O camisa 9 estava bem posicionado na área e aproveitou um chute errado de Bruno Henrique para escorar para as redes aos seis minutos.

No fim, aos 45, Gabigol rolou para Vitinho, que entrara no lugar de Diego, transformar o placar em goleada e sacramentar a vitória que coloca o time carioca muito perto das semifinais.



COLUNISTA
Eudes Martins
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